terça-feira, 12 de outubro de 2010

Inverno

Eu escrevo cartas pra ninguém, eu fecho os olhos pra tentar imaginar uma realidade diferente e bem melhor que essa, mas parece que seu rosto está sempre aqui disposto a me afrontar, como um fantasma que surge em meio a escuridão. Me proibo de chorar, porque sinceramente chorar não vai trazer nenhuma felicidade ou vai me estampar um sorriso na cara. Hoje eu me afundo um pouquinho mais, pra amanhã vestir a máscara de vida perfeita de sempre e fingir que está tudo bem, como sempre, como sempre... à espera de, quem sabe, uma verdade capaz de me proteger desses dias tão frios.

Um comentário:

  1. Uma vez você comentou pra mim algo mais ou menos assim: Sabe quando você lê uma coisa e pensa, nossa eu deveria ter escrito isso? Poisé, foi o que eu senti aqui.
    Bem, agora eu repito isso pra você. *:

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